Sobre São Paulo…

Aproveito o aniversário de São Paulo, no auge dos seus 462 anos, para falar um pouco sobre minha relação com a cidade que chamo de lar a quase 3 anos, sejam as coisas boas e as nem tanto assim! Vem comigo!

São Paulo sempre foi uma cidade que me provocou um encantamento desde muito cedo e que criamos um vínculo já na primeira vez que coloquei meu pezinhos por aqui. Encantava o seu tamanho, sua infinidade, seu leque de possibilidades e o ritmo tão diferente de qualquer outro lugar que eu tenha passado nesse país. E olha que tive o imenso prazer de já conhecer todos os estados litorâneos que vão do Rio Grande do Sul (minha terra natal) ao Ceará, sem exceção, e morado em regiões opostas como Sul e Nordeste.

Muitas vezes tive a oportunidade de visitar São Paulo e aproveitar o seu melhor lado, seus teatros, museus, shows, restaurantes, barzinhos, lojas, shoppings e tudo aquilo que faz qualquer turista se apaixonar por aqui. A imponência da Avenida Paulista; a beleza das ruas dos Jardins, Pinheiros e Pacaembu; as delícias do Mercado Municipal e os bons restaurantes; a euforia dos festivais de música; a malemolência quase carioca da Vila Madalena; o frenesi da Rua 25 de Março; a praticidade de se locomover pelos metrôs, ainda mais quando se morava em um cidade com um serviço bem mais ou menos de ônibus; as tradições milenares da Liberdade; o deslumbre dos museus e a variedade de espetáculos; e, tudo aqui que a cidade te mostra de melhor quando você passa por aqui.

Sempre quis morar em São Paulo.

Dizem que quando desejamos muito algo a vida se encarrega de trazer até você. E assim o fez. Depois de muitas tentativas de vir estudar, de vir trabalhar, de vir tentar a vida na capital paulista… A vida colocou meu amor, meu primeiro amor, aquele lá da adolescência, da cidade quase prosaica do nordeste, de volta na minha vida e justo no lugar que sempre quis morar. Não contei história, vim viver meus amores: pela cidade, pelo então namorado, pela minha profissão. Não olhei para trás, fiz as malas (literalmente) e vim.

Em 2016, completo 3 anos de paulicéia desvairada. Confesso, nossa relação não foi a sonhada. Ao viver o cotidiano dessa cidade que, ao mesmo tempo que tem milhões de habitantes, que recebe todos que a procuram, mas também mostra como você é pequeno diante da infinidade do mundo, minha paixão se esvaiu no ar. Precisamos reaprender a nos relacionar, não mais de forma romântica, mas real. São Paulo nem sempre foi uma mãe para mim, mas me ensinou, em pouco tempo, mais sobre mim e a vida do que décadas.

A cidade que tudo tem, em alguns momentos faz nos sentir um vazio. Contudo, ao virar a esquina, em um novo reencontro, enche a alma de amor e emoção, pois só em São Paulo é possível viver algumas experiências. Em alguns momentos a odiei, quis estar em qualquer lugar, menos aqui. Os motivos foram tantos… São Paulo em muitos momentos cansa! É para os fortes.

Atualmente, amo São Paulo. Como não amar? Mesmo com suas imperfeições, acabamos nos reencontrando. A cada novo passeio aqui pela minha linda rua, tão cheia de árvores, que acaba no lindo Parque da Independência, redescubro e entendo o que vim fazer aqui.

Não, não pretendo me alongar mais nessa prosa, assim como também não pretendo que a minha passagem por São Paulo seja um livro completo, mas uma bela crônica de vida. Daquelas que mudam o rumo do livro e se tornam um dos capítulos favoritos do autor, que ele sempre lembra com carinho ao falar.

Meus mais sinceros e amáveis parabéns à essa cidade que hoje chamo de lar. Obrigada, São Paulo, por tudo!

Imagens: Google

Beijinhos,